segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Errar Na Contratação Custa Caro

Em recente artigo publicado pelo Presidente da Association Of Executive Search Consultants – AESC, foi apontado o risco e o custo potencial da má contratação de um executivo.Segundo o “US Labor Department and the Society for Human Resources Management (SHRM)”, estima-se que o custo de reposição pode ser cinco vezes o salário anual deste executivo ou até ainda mais, de acordo com o nível de senioridade do profissional. Imagine então a má contratação quando falamos de um CEO. Isso pode custar milhões a uma organização.

Com o envolvimento de uma consultoria de recrutamento ou não, alguns processos são essenciais para evitar possíveis enganos. É sempre melhor ter cautela e ser profissional na hora de fazer uma contratação, conduzindo uma extensa busca no mercado, cumprir a etapa de due dilligence e buscar referências nos candidatos, tanto em seu histórico de carreira como sobre seu perfil pessoal.

Especialmente no Brasil, talvez por traços culturais, a etapa de busca de referências nos candidatos é geralmente subvalorizada, sem falar nadue diligence, que é o processo de investigação e auditoria nas informações de empresas, fundamental para confirmar os dados disponibilizados sobre os potenciais candidatos. Essa validação das informações de carreira e acadêmicas dos candidatos pode compreender também outros aspectos, como adaptação cultural.Isso porque quando um executivo é dispensado, geralmente as causas giram em torno do baixo desempenho ou por falta de adaptação à cultura organizacional.

Salário, bônus, garantias, benefícios, são exemplos de custos que somados podem chegar a quantias altíssimas no caso de um executivo ser dispensado. Os processos corretos no momento da contratação são exatamente para evitar esse tipo de surpresa.

O artigo que citei anteriormente também trás um exemplo de uma calculadora para a má contratação com mais fatores do que desempenho e adaptação cultural. Mas quantificar o real custo de uma escolha vai além desses fatores. O impacto na moral, desempenho, produtividade, custo de oportunidade, cultura corporativa e imagem podem também ser graves. Gestores que falham ou que são influências negativas prejudicam não só a eles mesmos, mas também aqueles que reportam ou trabalham no mesmo time. É a velha história de que basta uma maçã podre para estragar toda a cesta.

Com a importância de um processo de contratação sério em mente, um bom mapeamento de mercado, avaliação estruturada do candidato combinado com um processo profundo de referencias as empresas certamente estarão mitigando riscos e custos de uma má contratação. Espero que as dicas ajudem em seus futuros processos seletivos.

Fonte: Revista Você RH
Autora: Patrícia Gibin é sócia vice-presidente da Fesa, empresa de recrutamento e seleção de altos executivos

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