Atualmente, os direitos não regulamentados já existem para trabalhadores urbanos e rurais, porém com condições específicas, dependendo da natureza do trabalho. A assessoria de imprensa do ministério disse que a obrigação para aplicar algum deles poderá demorar mais se for necessária a edição de projetos de leis, que deverão passar pelo crivo do Congresso. Já normas como decretos e portarias, mais simples, valem a partir da publicação, pelo próprio governo.
Em entrevista à imprensa, Manoel Dias disse que a regulamentação sairá do grupo de trabalho interministerial formado há cerca de dois anos para estudar e formular o detalhamento das condições e critérios para a validação dos benefícios. Compõem o grupo técnicos das secretarias de Política para as Mulheres e de Promoção da Igualdade Racial, dos ministérios do Trabalho, da Fazenda, do Planejamento, da Previdência e da Casa Civil.
Questionado sobre as dúvidas que surgirem com as novas regras, Dias disse que colocará a estrutura da pasta para atender patrões e empregados.
A PEC das Domésticas foi aprovada em definitivo pelo Senado na última terça (26), por unanimidade. A proposta já havia passado pela Câmara, sem alterações. Serão beneficiados empregadas, cozinheiros, jardineiros, motoristas, cuidadores de idosos e babás.
Desoneração
Questionado sobre eventuais propostas para desonerar a folha de pagamento e aliviar a conta final do patrão, Manoel Dias disse que decisões desse tipo dependem de aval da equipe econômica do governo, formada pelos chefes da Fazenda, Planejamento e Banco Central, principalmente.
Entre as propostas para reduzir o custo do empregador, está a redução de alíquotas do FGTS (hoje de 8% sobre o salário bruto) e do INSS (12%). Dias disse que o Ministério do Trabalho não será responsável por eventuais alterações; disse apenas que "setores do governo pensam nessa possibilidade".
O ministro do Trabalho disse não acreditar que haverá "dispensa muito grande" com as novas obrigações para o patrão, nem no aumento de diaristas, que não possuem os direitos. "As pessoas vão se adequando, o que não implicará em aumento elevado de custos", afirmou.
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